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Amor, sexo e outras coisas de que as princesas não falam.
O novo ano começou tão turbulento como a viagem de metro até ao Terreiro do Paço para ver os fogos de artíficio.
Impedida de desfrutar do champanhe e da noite em que há desculpa para tudo devido a motivos profissionais, dei por mim a ter a pior passagem de ano de sempre, na qual esperei hora e meia debaixo de chuva torrencial por um taxi que me deixasse em casa.
Mas isto é o menos.
Os amores e desamores da princesa continuam.
Decidida que ia deitar fora o velho para deixar entrar o novo, pensei cá para mim "Vou fazer a escolha acertada e deixar o caveleiro defunto em prol do cavaleiro monocromático".
O cavaleio monocromático foi aquilo a que podemos chamar de fuck buddy. Eramos e somos amigos e entendiamo-nos na perfeição. Os nossos desamores tinham tanto em comum que se podiam fazer comparações assustadoras. Um amor perfeito, um break-up despropositado, um arrependimento repentino e zero hipótese de reconciliação.
Por termos chorado juntos a nossa tristeza partimos do princípio que um caso entre nós era perigoso. Corríamos o risco de viver na sombra dos passados e decidimos não passar nunca daquilo que foi uma (muito) cúmplice amizade. Até aqui tudo bem. Não fosse a ex-princesa deste nobre cavaleiro preto e branco ter descido da torre para dar sinal de sua graça.
Não impedi nada, não forcei nada. A César o que é de César.
Ele sempre insistiu em dizer-me "Conheci-te na altura errada", e eu sempre lhe respondi "Não há alturas nem pessoas erradas, tudo acontece por alguma razão". Agora sei que nos renovámos um ao outro e que servimos para que os outros se apercebessem do que realmente estavam a perder.
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